Neste domingo (22), o doodle - logo exibido na página de buscas do Google - homenageia o Dia da Terra.
"Quercus enumera 7 pecados ambientais de Portugal no dia da Terra

A Quercus, Associação Nacional de Conservação da Natureza, anunciou, no dia da Terra, os 7 pecados ambientais com que Portugal se depara.
Identificados como pecados de insustentabilidade, estes são os principais problemas relacionados com o ambiente que Portugal apresenta:
1. O Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável caiu no esquecimento
A
cimeira das Nações Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento
realizou-se há 8 meses, e o prometido Plano Nacional de Desenvolvimento
Sustentável ainda não ganhou forma. Mais uma vez as promessas do
governo, continuam somente a ser promessas e sem implicações práticas.
2. A remodelação ao financiamento das autarquias não é o correcto
Numa
fase em que o Governo decidiu alterar as taxas do Imposto de Selo e a
contribuição autárquica é necessário ponderar o método de distribuição
do financiamento público. Não se deve construir inconscientemente, há
que ter em conta valores naturais e paisagísticos.
3. Portugal consume cada vez mais energia
Vivendo
em tempo de crise, Portugal apresenta valores preocupantes, tendo em
conta que estamos em recessão económica e continuamos a aumentar a
intensidade energética do país. Isto significa que para além de estarmos
a gastar muito mais energia do que era suposto para a nossa face de
desenvolvimento económico, estamos também a desperdiçar, cada vez mais,
energia e recursos.
4. Excesso de tráfico em circulação
O
excesso de carros e transportes em circulação origina: mais gasto
energético, mais emissões, mais ruído e mais congestionamento.
Portugal
é um dos cinco países que está na rota para uma insustentabilidade no
sector dos transportes, tendo também concentrações de poluentes muito
acima da média do que é permitido pela legislação europeia.
5. Portugal desperdiça por ano 3 100 000 000 000 litros de água
Portugal
consegue desperdiçar por ano vários milhões de litros de água. Apesar
de existir um Programa Nacional para o Uso Eficiente de Água, este só
teve parte teórico, pois nunca foi aplicado. É necessário que na
agricultura, na indústria e no consumo privado, se faça um uso eficiente
e sustentável da água.
6. A Conservação da Natureza ainda não passou à parte prática
Apesar
de já ter sido elaborada uma Estratégia Nacional de Conservação da
Natureza e da Biodiversidade, muitos dos seus objectivos ainda continuam
por concretizar. Os Planos de Ordenamento do Território das áreas
protegidas continuam por implementar, bem como, ainda existem muitas
áreas da Rede Natura 2000 por ordenar.
7. Reciclagem ainda longe dos hábitos portugueses
Reutiliza-se menos que o desejável, recicla-se menos que o esperado e no final de contas instalam-se mais incineradoras.
A
reutilização de embalagens com tara de retorno verifica-se menos, e a
reciclagem urbana ainda não apresenta valores significativos para o
ambiente. Por sua vez, a última opção desejável é aquele que se procura
mais, a incineração, ou seja, a queima de resíduos.
Posto isto, é tempo de reflectir sobre o ambiente e aquilo que será o nosso futuro próximo. Estas opções calham a todos, e todos temos que contribuir.
Tenha um papel activo para uma vida mais verde."
|http://ambiente.kazulo.pt/7300/quercus-enumera-7-pecados-ambientais-de-portugal-no-dia-da-terra.htm|
"Dia da Terra: os conselhos da Quercus
A associação ambientalista Quercus lembra que todos podem fazer a diferença na promoção de um desenvolvimento sustentável
e aconselha as pessoas a reduzir o consumo de carne, preferir os alimentos biológicos ou poupar água.
Em
comunicado
citado pela Lusa, a Quercus sublinha que,
passados mais de quarenta anos sobre a criação da data que assinala
internacionalmente
o Dia da Terra, «o caminho percorrido não tem
ido no bom sentido» e não se têm feito progressos na capacidade de
conhecer
e respeitar os limites de sustentabilidade do
planeta.
«Em Portugal, muitos dos projetos desenvolvidos nos
últimos
anos são insustentáveis tanto do ponto de
vista financeiro como, sobretudo, do ambiental. Entre inúmeros maus
exemplos, avultam
a construção de estradas atravessando áreas
ecológicas sensíveis e que estimula o uso do automóvel com a consequente
poluição»,
diz a organização.
Na opinião da
Quercus, é importante não esquecer que se continua a viver uma crise
ambiental,
«com problemas tão graves como o aquecimento
global, a perda de biodoversidade, o crescimento exponencial da
população humana
ou a massificação dos padrões de consumo».
No
dia dedicado ao planeta Terra, a associação ambientalista defende que
nunca é demais recordar o que cada um pode
fazer por um desenvolvimento sustentável e aconselha a reduzir o consumo
de carne
proveniente de produção intensiva, preferir
alimentos biológicos, não comprar animais em vias de extinção ou poupar
água.
Propõe
também que se plante espécies autóctones, se
reduza o consumo de energia, que se pense bem antes de comprar qualquer
bem ou
serviços e se reflita sobre a sua necessidade
e/ou utilidade, dando-se preferência a bens nacionais.
Sugere
ainda
que se ande a pé, de bicicletas ou
transportes coletivos, se respeite os mesmos princípios em contexto de
trabalho, escola
ou férias, se exija que os representantes
políticos assumam estratégias de promoção da sustentabilidade e que as
empresas
disponibilizem produtos e serviços mais
sustentáveis".
|http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/dia-da-terra-quercus-ambiente-tvi24/1342791-4071.html|